Vitamina C: O Suplemento que Quase Todo Mundo Deveria Consumir Quando Está Doente

Vitamina C

Dr. Ronald Hunninghake é um especialista em Vitamina C reconhecido internacionalmente. Ele começou seus estudos neste campo cerca de 22 anos atrás quando se uniu ao Dr. Hugh Riordan, que conduziu pesquisas sobre vitamina C administrada a pacientes com câncer por via intravenosa (IV).

Sua clínica é sucessora de Linus Pauling e seu trabalho com a vitamina C e, provavelmente, não há outra clínica no mundo com tanta experiência quanto a dele.

A Experiência do Dr. Hunninghake com a Vitamina C Contra o Câncer e Doenças Infecciosas

Dr. Riordan conduziu um projeto de pesquisa por 15 anos chamado RECNAC (palavra câncer de trás para frente). Sua pesquisa inovadora em culturas celulares mostrou que a vitamina C foi citotoxicamente seletiva contra células cancerígenas.

Juntos, Hunninghake e Riordan conduziram estudos com diversos pacientes que estavam com câncer nos estágios 3 e 4.

“A vitamina C IV mostrou-se bastante benéfica,” diz Hunninghake. “Não é considerada terapia única contra o câncer, porém é um adjunto perfeito a qualquer tipo de terapia que o paciente com câncer esteja recebendo naquele momento.

Ela reduzirá os efeitos colaterais e melhorará a qualidade de vida. Existem, na verdade, dois estudos importantes que demonstram como ela melhora a qualidade de vida.”

O câncer é, sem dúvida, uma doença ameaçadora à vida e a maioria dos pacientes com câncer também experimenta depressão, dor e uma fadiga tremenda – tudo isso torna o tratamento ainda mais difícil.
Isto tudo é sinal de escorbuto, resultado da deficiência de vitamina C.

E, se você medir o nível de vitamina C nos pacientes com câncer, especialmente com câncer em estágio avançado, a maioria, se não todos, vai mostrar deficiência em vitamina C, afirma Hunninghake.

“Uma das coisas que a vitamina C IV faz é aliviar os sintomas do escorbuto,” diz Hunninghake. “Portanto, as pessoas começam a ter uma grande sensação de bem-estar. Elas não precisam consumir muito medicamento para dor. Seu apetite melhora. Seu humor melhora. Elas têm uma qualidade de vida melhor.”

Um exemplo perfeito do poder de cura desta vitamina antioxidante é o caso dramático de Allan Smith, que teve um caso grave de gripe suína e foi trazido de volta da iminência de morte usando uma combinação de vitamina C IV e oral (curiosamente, Smith, agora, está também livre do câncer do qual ele foi diagnosticado enquanto estava em tratamento contra a gripe suína).

Por que a Vitamina C não é uma Estratégia de Tratamento Amplamente Usada?

Se a vitamina C é tão eficaz, por que a medicina convencional não a utiliza?

Dr. Hunninghake tenta explicar:

“Tenho certeza de que existem diversos fatores aqui. Número um, a maioria das pessoas pensam na vitamina C como vitamina. Você define a vitamina C como valor traço de uma substância que você precisa para evitar [doenças como] escorbuto, no caso da vitamina C. Porém, estamos falando aqui de algo no âmbito farmacológico.

A maneira de realmente entender a vitamina C é voltar aos escritos de Irwin Stone que foi quem escreveu The Healing Factor (O Fator de Cura), livro fantástico escrito nos anos 70 sobre a vitamina C.

Ele aponta que toda criatura, quando doente, aumenta enormemente a produção de vitamina C no fígado e nos rins. Porém, humanos, primatas e cobaias perderam esta capacidade.

Ainda possuímos o gene que produz a enzima L-gulonolactona oxidase que converte glicose em vitamina C, porém ela não é funcional. Temos que obter a vitamina C de fora; dos alimentos.

Quando administramos a vitamina C de forma intravenosa, o que fazemos é recriar a capacidade do fígado de sintetizar enormes quantidades de vitamina C.

…Portanto, eu sempre considero altas doses de vitamina C como uma forma natural de lidar com a crise em termos de saúde. Esta noção, no entanto, não existe no pensamento convencional dos médicos.”

Existem também fatores financeiros. Os tratamentos oncológicos padrão são extremamente caros, enquanto a vitamina C IV é relativamente barata. E a medicina convencional, como regra geral, notoriamente não está interessada em soluções que não trazem lucros.

Métodos de Administração e Recomendações de Dosagem

Existem duas formas primárias de administração de vitamina C; de forma oral e intravenosa.
“Para o paciente médio, aconselho consumir, pelo menos, a dosagem estabelecida por Linus Pauling, ou seja, 1 grama, duas vezes ao dia, de vitamina C”, diz Hunninghake.

“Certamente você pode consumir mais que isso. Se você sofre de infecções crônicas ou fadiga crônica, você pode ir além e gradualmente aumentar a dose até a chamada dose de tolerância do intestino.

É muito segura. A ideia de que a vitamina C causa cálculos nos rins foi completamente refutada. Foram realizados diversos estudos por urologistas que concluíram que eles não são causados por altas doses de vitamina C.

Para o paciente típico, a [suplementação] oral está bem, porém se você tiver uma doença grave, você deve pensar em receber a vitamina C por via intravenosa de um médico, porque isto pode amplificar e mudar de forma significante os benefícios da vitamina C IV.”

Para uma dosagem típica de vitamina C intravenosa, o protocolo Riordan de IVC clama por uma dosagem inicial de 15 gramas.

No entanto, é importante primeiro ter seu nível de G6PD (Glicose-6-fosfato desidrogenase) medido.

Verifique o Nível de G6PD Antes de Começar com a Administração de Vitamina C IV

G6PD é uma enzima da qual as células vermelhas do sangue necessitam para manter a integridade da membrana.

O que muitas pessoas não entendem é que uma alta dose de vitamina C intravenosa é um forte pro-oxidante. E administrar um pro-oxidante a um paciente deficiente em G6PD pode causar hemólise dos glóbulos vermelhos. Portanto, administrar a vitamina C intravenosa não é para novatos.

Fortemente recomendo ser atendido por um médico experiente que use o protocolo de Riordan ou algum outro protocolo que garanta que a vitamina C seja administrada de forma segura.

Felizmente, a deficiência em G6PC é incomum. Pessoas com descendência mediterrânea e africana estão em maior risco, porém existem casos raros nestes grupos. Em 800 testes de G6PD, Hunninghake encontrou somente quatro pessoas com tal deficiência.

Portanto, isso não é questão de grande preocupação, porém você pode ser um desses raros casos com uma deficiência, as ramificações causadas pelo seguimento com altas doses de vitamina C IV podem ser desastrosas.

A pesquisa original do Dr. Riordan sugeriu que você precisa alcançar um nível de vitamina C no sangue em torno de 300-350 mg/dl para alcançar citotoxicidade seletiva. No entanto, Hunninghake afirma que níveis sanguíneos em torno de 250 mg/dl podem ser suficientes para se obter um efeito anticancerígeno.

O que Você Precisa Saber Sobre a Vitamina C Oral

A última versão de suplementação com vitamina C oral é a vitamina C lipossomal, que foi apresentada pelo Dr. Thomas Levy, que é, sem dúvida, um dos líderes nesta área.

A vitamina C lipossomal evita várias das complicações da tradicional vitamina C, ou ácido ascórbico, e, de acordo com o Dr. Levy, você pode atingir concentrações intracelulares muito maiores desta forma.

“Sou totalmente a favor de que as pessoas tentem isso,” diz Hunninghake. “Acredito que esta possa ser usada como adjunto da vitamina C IV. A maioria das pessoas vai consumir vitamina C IV apenas uma ou duas vezes por semana. Portanto, consumindo a vitamina C lipossomal, elas podem facilmente consumir 6 gramas de vitamina C lipossomal oralmente sem grandes distúrbios gastrointestinais.”

Do ponto de vista de Hunninghake, a vitamina C lipossomal pode ainda não estar totalmente provada, porém é bastante segura.

Existem ainda outras formas de vitamina C no mercado, como fórmulas tamponadas de ascorbato de sódio. Um exemplo delas é o Éster-C. Estas fórmulas tamponadas são igualmente eficazes e não causam os distúrbios gastrointestinais associados ao ácido ascórbico convencional.

Até o momento, tenho recomendado evitar o Éster-C, pois acredito ser uma forma oxidada da vitamina C, que poderia ser mais prejudicial do que benéfica. Dr. Hunninghake não concorda com minha análise e declara que nunca viu qualquer evidência indicadora de que o Éster-C possa ser uma forma oxidada da vitamina C.

Com base na experiência do Dr. Hunninghake nesta área, posso reconsiderar minha posição com relação ao Éster-C, embora ainda acredite que a vitamina C lipossomal promova benefícios que não podem ser equiparados com as fórmulas tamponadas de vitamina C.

A Frequência da Dosagem Pode Também Fazer a Diferença

Outro fator para se ter em mente ao consumir a vitamina C oral é a frequência da dosagem.

Dr. Steve Hickey, que escreveu o livro Ascorbate (Ascorbato), mostrou que se você consumir vitamina frequentemente ao longo do dia, você pode alcançar níveis de plasma muito maiores. Portanto, mesmo que seus rins tendam a excretar rapidamente a vitamina C, consumindo-a a cada uma ou duas horas, você pode manter um nível de plasma muito maior do que a consumindo apenas uma vez ao dia (a menos que você esteja consumindo uma fórmula de vitamina C de liberação estendida).

Existem várias pessoas, primariamente com perspectiva naturopática, que acreditam que para se obter uma eficácia verdadeira, o ácido ascórbico sozinho não é suficiente – você precisa da combinação ácido ascórbico e micronutrientes associados, como bioflavonoides e outros componentes.
Hunninghake concorda com isso.

“Não há dúvidas de que este seria o melhor caminho a seguir. Sempre que você puder [obtê-lo a partir de] alimentos, você estará no melhor caminho… O [a]limento ainda é a coisa essencial que seu organismo precisa para obter um funcionamento celular ideal.

Porém, quando você está doente, você pode usar oligoelementos em dosagens ortomoleculares para alcançar os efeitos que você não consegue obter apenas com alimentação.

Porém, em geral, para pessoas saudáveis e que queiram manter-se saudáveis, recomendo usar a vitamina C que possui bioflavonoides e outros cofatores associados a ela.”

Na medida em que você obtém sua vitamina C a partir do alimento, lembre-se de que quanto mais colorida for sua dieta, maior quantidade de bioflavonoides e carotenoides ela terá. Possuir uma dieta colorida (por exemplo, cheia de legumes) ajuda a garantir que você esteja obtendo o sinergismo fitonutriente necessário para manter a saúde.

Uma das formas mais fáceis de garantir que você esteja consumindo legumes suficientemente através de sua dieta é a produção de sucos deles. Você pode também espremer limão fresco em água para fazer uma bebida rica em vitamina C.

Para Obter Mais Informações Sobre a Vitamina C Intravenosa

Se você, ou alguém que você conhece, quiser obter mais informações sobre o uso de vitamina C como adjunto ao protocolo do câncer, por favor, visite o site www.RiordanClinic.org, onde você encontrará o Protocolo Riordan de IVC supramencionado.

Dr. Hunninghake também produziu um vídeo sobre como a vitamina C combate ao câncer que está disponível no site www.HealthHunterOnline.org.

Este site também contém uma palestra informativa feita pelo Dr. Glen Hyland chamada IVC, Chemotherapy and Radiation - Are They Compatible? (IVC, Quimioterapia e Radiação – Elas são compatíveis?). Hyland oferece evidências convincentes que mostram que elas não são apenas compatíveis, mas sinérgicas.

Considerações Finais

Em resumo, Dr. Hunninghake diz:

“Se você vai tratar um câncer, você não pode confiar em uma única modalidade. Mesmo que foquemos na vitamina C IV em nossa clínica, medimos os níveis de nutrientes.

Algumas pessoas têm sua dieta reexaminada. Incentivamos estratégias de desintoxicação, exercícios regulares, sono adequado, melhora nos relacionamentos interpessoais.... Tudo isso pode influenciar os resultados do câncer.”

Em minha opinião, um plano de tratamento de câncer que não inclui o exame e melhoria dos níveis de vitamina D não está longe da negligência criminosa. A melhoria dos níveis de vitamina D é simplesmente tão importante quanto, especialmente se você tiver uma doença como o câncer.

Na verdade, alguns especialistas acreditam que a vitamina D seja a “nova” vitamina C. Claro que elas não são mutuamente exclusivas e podem ser consumidas juntas, porém sou mais fã da vitamina D, pois ela realmente é um hormônio e influencia até 10 por cento de seus genes, promovendo consequências profundas se você estiver deficiente dela.

+ Recursos e Referências