Por Dr. Mercola
A temporada da gripe está chegando e, com ela, os lembretes constantes de tomar a vacina. Isso acontece apesar do fato de a investigação crescente indicar que essa abordagem de prevenção da gripe pode ser má ideia para a saúde em longo prazo e que ela, na verdade, não funciona.
Em dezembro de 2015, uma análise do Centro de controle e prevenção de doenças (CDC) sobre a eficácia da vacina da gripe revelou que, entre 2005 e 2015, sua eficácia foi inferior a 50% em mais da metade do tempo.
Vacina da gripe segue errando o alvo
Na temporada de 2004/2005, a vacina da gripe foi 10% eficaz. Em outras palavras, ela falhou em 90% do tempo. Durante a temporada de 2012/2013, a vacina sazonal da gripe apresentou 56% de eficácia em todas as faixas etárias, mas somente 9% de eficácia nos idosos.
O índice de eficácia da vacina em 2014/2015 despencou para apenas 18%; 15% entre as crianças de 2 a 8 anos, além disso, a vacina Fluzone, que oferece QUATRO VEZES a dose normal do antígeno, mostrou reduzir o risco de gripe entre idosos em apenas 24% em comparação à vacina de dose padrão.
Sem se abalar com esses índices de falha gigantescos, o CDC expressou plena confiança na vacina de 2015/2016. Em setembro de 2015, o diretor do CDC, Tom Frieden, afirmou:
"Vacine-se…essa é a melhor maneira de proteger você, sua família e sua comunidade contra a gripe".
Na temporada de 2015/2016, a vacina injetável da gripe acabou tendo 63% de eficácia.
No entanto, a vacina popular nasal da gripe com o vírus vivo não se saiu tão bem.
Agora, no outono, não se surpreenda se a pressão aumentar um pouco mais, já que as autoridades de saúde temem a recomendação do CDC para evitar o spray nasal (FluMist) este ano, devido à evidência de que ele falhou em oferecer qualquer proteção às crianças por três anos seguidos.
"Estamos preocupados que as taxas de vacinação possam ser mais baixas este ano porque o spray não está disponível", disse Frieden ao The Washington Post.
O que a ciência recente diz sobre a vacinação anual contra a gripe
Parece que não importa o baixo nível de eficácia da vacina da gripe, o chamado para vacinar-se continua. Mas tomar a dose anual da vacina é realmente "a melhor maneira" de se proteger contra a gripe? As pesquisas geralmente contam uma história diferente. Por exemplo, estudos recentes mostraram que:
- A cada vacinação anual sucessiva da gripe, a proteção oferecida pela vacina parece diminuir. Uma pesquisa publicada em 2013 concluiu que a proteção induzida pela vacina contra a gripe foi a maior possível entre as pessoas que NÃO haviam recebido a vacina nos cinco anos anteriores.
- A vacina também pode aumentar seu risco de contrair outras infecções de gripe mais graves.
- Dados mostram que as pessoas que receberam a vacina da gripe da temporada, em 2008, tiveram duas vezes o risco de contrair a "gripe suína" H1N1 em comparação àquelas que não receberam.
- Em comparação com as crianças que não recebem a vacina anual da gripe, as que receberam tiveram risco três vezes maior de hospitalização devido à gripe.
- As estatinas, tomadas por uma em cada quatro pessoas acima de 45 anos, podem prejudicar a capacidade do sistema imunológico de responder à vacina da gripe.
Depois da vacinação, a concentração de anticorpos foi 38% a 67% menor em usuários de estatina com mais de 65 anos, em comparação a não usuários de estatina da mesma idade. A concentração de anticorpos também foi menor nas pessoas mais jovens que tomavam estatina.
- Análises científicas independentes também concluíram que a vacina não parece evitar a gripe ou suas complicações.
A vacina da gripe não parece evitar doenças semelhantes à gripe associadas a outros tipos de vírus responsáveis por cerca de 80% de todas as infecções respiratórias ou gastrointestinais durante qualquer temporada de gripe.
Precisamos de estudos que "não podem" ser feitos nos EUA
Apesar do acúmulo de dados científicos CONTRA a eficácia da vacina da gripe, diversas autoridades de saúde insistem que as evidências "não são claras". Por exemplo, veja o Dr. Wilbur Chen, especialista em doenças infecciosas na Faculdade de Medicina da Universidade de Maryland.
Em resposta às descobertas canadenses de que a eficácia da vacina da gripe diminui com a aplicação repetida, ele afirmou que "isso não foi reproduzido pelo CDC nos EUA".
O que Chen não falou foi que estudos clínicos comparando os resultados de saúde das pessoas que recebiam vacinas anuais da gripe com aquelas que permaneciam sem tomar a vacina não podem ou não serão feitos nos Estados Unidos pelo simples fato de que os Estados Unidos recomendam que todos sejam vacinados todos os anos. Conforme informado pela STAT News:
"Devido a essa política, não seria ético para os pesquisadores exigir aleatoriamente que algumas pessoas abdicassem da vacina por alguns anos. Mas os especialistas de outros lugares, inclusive Hong Kong, onde a gripe circula durante o ano todo, estão tentando angariar fundos para realizar um estudo amplo e de vários anos".
FluMist falha em proteger por três anos consecutivos
Cerca de um terço das vacinas anuais da gripe administradas às crianças nos Estados Unidos incluíram o spray nasal do vírus vivo FluMist, que vários pediatras adoram por não ter uma agulha.
Nos últimos anos, tanto o CDC quando a Academia Americana de Pediatria (AAP) chegaram a dizer que a versão do spray nasal do vírus vivo era a vacina preferida da gripe para crianças saudáveis entre 2 e 8 anos, pois dados iniciais sugeriam que ela funcionava melhor neles do que a vacina injetada sem o vírus ativo.
As crianças recebiam duas doses para inalar, inicialmente, de modo que, teoricamente, elas reforçariam a imunidade rapidamente. Mas a vacina da gripe do spray nasal tornou-se agora um desastre de proporções épicas. Durante a temporada da gripe de 2015/2016, o índice de falha foi de 97%.
Vacinas do vírus vivo podem transmitir a gripe
Embora a decisão do CDC de retirar o FluMist do mercado americano seja baseada na falta de eficácia, existem outras considerações importantes ao pensar no uso de uma vacina com o vírus vivo. A vacina injetável da gripe é uma vacina inativada enquanto o spray nasal contém o vírus vivo, embora atenuado.
A função do vírus atenuado é estimular o sistema imunológico a combater doenças sem causar sintomas clínicos de doenças graves.
No entanto, quando você recebe uma vacina com um vírus vivo atenuado, você compartilha o vírus da cepa da vacina nos fluidos corporais — assim como quando você contrai uma infecção viral e compartilha o vírus nos fluidos corporais. Portanto, depois de receber uma vacina com o vírus vivo, você pode compartilhar de modo assintomático e transmitir o vírus da cepa da vacina a outras pessoas, inclusive pessoas com sistema imunológico comprometido, nas quais a infecção com o vírus pode causar complicações graves.
As vacinas com o vírus vivo atenuado também podem afetar a evolução dos vírus, que estão constantemente se recombinando entre si, pois os vírus vivos da cepa da vacina são liberados no ambiente, onde podem ocorrer mais mutações.
Vacina da gripe é associada a deficiências graves
Toda vacina carrega um risco de lesão ou morte que pode ser maior para algumas pessoas, e o possível risco de sofrer complicações da vacina da gripe que resultem em deficiências permanentes, como a paralisia da Síndrome de Guillain-Barré, é um risco que você precisa levar em conta toda vez que recebe a vacina da gripe.
Embora a morte e deficiência completa causadas por complicações da vacina da gripe sejam algo raro, complicações graves e morte causadas pela própria gripe também são relativamente raras, principalmente nas pessoas com sistemas imunológicos saudáveis.
Portanto, é sábio considerar o risco de um possível efeito colateral enfraquecedor causado pela vacina associado à maior probabilidade de passar uma semana na cama recuperando-se da gripe. A maioria das mortes atribuídas à gripe é, na verdade, devido a complicações que resultam em pneumonia bacteriana e, diferentemente dos séculos anteriores, ela é tratada atualmente com procedimentos médicos avançados.
Conforme observado anteriormente pelo Dr. Mark Geier, que também é doutor em genética e passou 10 anos da sua carreira no Instituto Nacional de Saúde (NIH), a Síndrome de Guillain-Barré é um efeito colateral reconhecido da vacina da gripe. Inclusive já em 2003, o CDC reconheceu que a vacina da gripe causa um adicional de 1,7 casos da síndrome a cada 1 milhão de pessoas vacinadas.
Quando a vacina tem uma eficácia máxima de, digamos, 10 a 20%, o risco de reação a essa vacina é significativo, mesmo que raro, pois a probabilidade de realmente ser beneficiado pela vacina é muito pequena em termos de proteção contra a gripe.
Dados do Departamento americano de saúde e serviços humanos (DHHS) mostram que a Síndrome de Guillain-Barré é o principal dano pelo qual as pessoas estão sendo indenizadas por lesões causadas por vacina, e a vacina da gripe é a vacina mais comum citada pelos adultos que buscam direitos de indenização por tais danos.
Geier também observa que: a) o número de mortes causadas pela gripe fica na casa das centenas, e não milhares, todos os anos (e certamente nada próximo às 36.000 mortes citadas com tanta frequência), tornando-a uma doença de baixo risco contra a qual se deve vacinar, e b) as vacinas da gripe deveriam ser comercializadas como vacinas experimentais, já que sua natureza de constante mutação significa que não podem atender aos requisitos de eficácia e segurança das vacinas.
As vacinas e seu sistema imunológico
Alguns componentes das vacinas, como o timerosal (conservante de mercúrio) e adjuvantes de alumínio, são neurotóxicos e podem diminuir a imunidade e a função cerebral
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As vacinas podem provocar reações alérgicas ao introduzir moléculas grandes de proteínas estranhas no corpo que não foram decompostas adequadamente pelo trato digestivo (uma vez que são injetadas)
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Os vírus de vacinas alteradas em laboratório podem prejudicar ainda mais a resposta imunológica
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As vacinas podem alterar a função da célula T, provocando doenças crônicas
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O DNA/RNA estranhos de tecidos de animais podem causar estragos no seu corpo e provocar a autoimunidade em algumas pessoas
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A vacina da gripe pode representar um risco imediato ao sistema cardiovascular, causando anormalidades na função arterial e oxidação LDL que pode persistir por pelo menos duas semanas
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Como se proteger contra a gripe sem a vacina
Felizmente, existem medidas proativas que você pode tomar para evitar ficar doente durante a temporada da gripe que não exigem tomar a vacina todos os anos. Seguindo estas orientações simples, é possível manter o sistema imunológico em ótimo funcionamento e reduzir bastante a probabilidade de contrair a infecção ou, se você ficar doente, estará mais bem preparado para atravessá-la sem complicações.
Melhore seus níveis de vitamina D. Essa é uma das melhores estratégias para evitar infecções de todos os tipos, e a pesquisa indica que a deficiência de vitamina D pode, na verdade, ser a verdadeira culpada pela sazonalidade da gripe — e não o próprio vírus.
Aumentar o nível terapêutico de vitamina D de 40 para 60 nanogramas por mililitro (ng/ml) é provavelmente a providência mais importante e menos cara que você pode tomar para evitar a gripe. |
Evite açúcar e alimentos processados. O açúcar prejudica a função do sistema imunológico quase que imediatamente, e um sistema imunológico saudável é um dos segredos mais importantes para combater vírus e outros invasores patogênicos.
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Descanse o suficiente. Assim como é difícil realizar as tarefas diárias quando você está cansado, se seu corpo estiver exausto, será mais difícil combater a gripe.
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Controle o estresse. Quando o estresse fica muito alto, o corpo torna-se menos capaz de combater a gripe e outras doenças. Se você acha que o estresse está prejudicando a sua saúde, considere o uso de uma ferramenta psicológica de energia como a Técnica de Liberação Emocional (EFT), notavelmente eficaz no alívio do estresse associado a todos os tipos de situações, do trabalho à família ou traumas.
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Pratique exercícios físicos. Quando você se exercita, aumenta a circulação e o fluxo sanguíneo em todo o corpo. Os componentes do sistema imunológico também circulam melhor, o que significa que o sistema imunológico tem mais chances de localizar uma doença antes que ela se espalhe.
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Consuma ômega 3 de origem animal. Aumente o consumo de gorduras saudáveis e essenciais como o ômega 3 encontrado no óleo de krill, que é fundamental para manter a saúde. Evite também os óleos danificados de ômega 6 e as gorduras trans encontradas nos alimentos processados, pois elas prejudicam a resposta imunológica.
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Lave as mãos. Lavar as mãos diminui a probabilidade de transmitir o vírus para o nariz, boca ou outras pessoas. No entanto, sabonetes antibacterianos são totalmente desnecessários e causam muito mais danos do que benefícios. Em vez deles, use um sabonete suave livre de toxinas e água morna.
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Use produtos naturais de reforço de imunidade. Entre alguns exemplos estão a prata coloidal, óleo de orégano e alho. Eles possuem potente atividade antibiótica, melhorando a capacidade do corpo de se defender contra bactérias nocivas, vírus e protozoários. Diferentemente dos antibióticos farmacêuticos, eles não parecem causar resistência.
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Evite hospitais. Por último, mas não menos importante, recomendo evitar ir a hospitais a menos que você tenha uma emergência e precise de tratamento médico especializado. Os hospitais são o principal terreno de surgimento de infecções de todos os tipos. O melhor lugar para repousar e recuperar-se de uma doença que não seja perigosa é geralmente o conforto do próprio lar.
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