Por Dr. Mercola
Se você quer aumentar sua inteligência, uma das melhores escolhas que você pode fazer é comer mais alimentos integrais não processados. Alimentos de verdade estão cheios de vitaminas, minerais, antioxidantes e inúmeros outros fitoquímicos que nutrem suas células cerebrais (e até mesmo fazem criam novas células).
Considere isso: pessoas que comem muitos legumes e frutas (cerca de 1,6 xícaras ou 400 gramas) por dia têm um melhor desempenho em testes cognitivos, enquanto aqueles que consomem muito açúcar têm 1,5 vezes mais chances de desenvolver comprometimento cognitivo leve do que aqueles que não o fazem.
Portanto, ao escolher seus alimentos, lembre-se de que não é apenas uma questão de quantas calorias eles contêm e se podem ou não torná-lo “gordo” — é uma questão de escolher aqueles que contêm os nutrientes para dar apoio a uma saúde otimizada, incluindo a do cérebro.
Os 7 Melhores Alimentos para seu Cérebro
Açafrão — O açafrão é um tempero amarelo usado frequentemente no curry que contém a antioxidante anti-inflamatória curcumina. A curcumina é capaz de atravessar a barreira hematoencefálica, o que é uma das razões pelas quais ela é um promissor agente neuroprotetor em uma ampla variedade de distúrbios neurológicos.
Pesquisa demonstrou que a curcumina pode ajudar a inibir o acúmulo de beta-amiloides destrutivos no cérebro de pacientes com Alzheimer, bem como a quebra de placas existentes. A curcumina também demonstrou estimular a memória e estimular a produção de novas células cerebrais, um processo conhecido como neurogênese.
Uma notável pesquisa com animais também sugeriu que outro composto bioativo da cúrcuma, chamado turmerona aromática, pode aumentar o crescimento de células-tronco neurais no cérebro em até 80% em determinadas concentrações. Células-tronco neurais diferenciam-se em neurônios e desempenham um papel importante na autorreparação.
Os resultados sugerem que a turmerona aromática pode ajudar na recuperação da função cerebral em doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e AVC (desde que o efeito também se aplique aos humanos).
Um conselho sábio… alguns pós de curry podem conter muito pouca curcumina em comparação com o pó de açafrão sem outros ingredientes, então opte pelo último para melhores benefícios para a saúde.
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Salmão Selvagem do Alasca — As gorduras ômega-3 encontradas no salmão selvagem do Alasca ajudam a combater a inflamação em todo o corpo, inclusive no cérebro, e oferecem inúmeras proteções às células cerebrais.
Por exemplo, um estudo publicado na revista Neurology descobriu que “mulheres mais velhas com os níveis mais altos de gorduras ômega-3 (…) tinham melhor preservação de seus cérebros quando envelheciam do que aquelas com níveis mais baixos, o que poderia significar que elas manteriam uma melhor função cerebral por um ano ou dois a mais”.
Em uma pesquisa separada, quando meninos receberam um suplemento de ômega-3, houve um aumento significativo na ativação da parte córtex pré-frontal dorsolateral do cérebro.
Esta é uma área do seu cérebro que está associada à memória de trabalho. Eles também notaram mudanças em outras partes do cérebro, incluindo o córtex occipital (o centro de processamento visual) e o córtex cerebelar (que atua no controle motor).
Você pode obter gorduras ômega-3 em doses terapêuticas, tomando um suplemento como o óleo de krill. Mas se você está procurando uma fonte alimentar, o salmão selvagem do Alasca (juntamente com sardinhas e anchovas) está entre os melhores.
Muitos estão preocupados que a radiação de Fukushima tenha contaminando o salmão, mas nossa fonte primária é a Vital Choice e eles regularmente verificam essa radiação e nunca a encontram em seu salmão.
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Brócolis e Couve-flor — Os Brócolis e a couve-flor são boas fontes de colina, uma vitamina B conhecida por seu papel no desenvolvimento do cérebro.
A ingestão de colina durante a gravidez “sobrecarregou” a atividade cerebral de animais no útero, indicando que pode aumentar a função cognitiva, melhorar o aprendizado e a memória, e até diminuir o declínio da memória relacionada ao envelhecimento e a vulnerabilidade do cérebro a toxinas durante a infância, além de conferir proteção mais tarde na vida. Ovos e carne são outras fontes alimentares de colina.
Os brócolis também oferecem benefícios adicionais, incluindo o flavonoide anti-inflamatório kaempferol e três fitonutrientes glucosinolados que trabalham juntos para apoiar os processos de desintoxicação do seu corpo.
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Nozes — As nozes são boas fontes de origem vegetal de gorduras ômega-3, fitoesterois naturais e antioxidantes, e têm demonstrado ser capazes de reverter o envelhecimento cerebral em ratos idosos. O DHA, em particular, é um tipo de gordura ômega-3 que aumenta a função cerebral e até mesmo promove a cura cerebral, embora seja mais abundante em fontes de ômega-3 de origem animal, como krill e salmão selvagem do Alasca, ao contrário das nozes.
As nozes contêm uma série de outros compostos neuroprotetores, incluindo vitamina E, folato, melatonina , e antioxidantes que fornecem ainda mais benefícios para o cérebro. Pesquisa demonstrou que o consumo de nozes pode dar suporte à saúde do cérebro aumentando o raciocínio inferencial em adultos jovens, por exemplo.
Outro estudo descobriu que o consumo de alimentos altamente antioxidantes, como as nozes, “pode diminuir a vulnerabilidade aumentada ao estresse oxidativo que ocorre conforme se envelhece”, “aumenta a saúde” e também “melhora as funções cognitivas e motoras conforme se envelhece”.
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Aipo — O aipo é uma rica fonte de luteolina, um composto vegetal que pode acalmar a inflamação no cérebro, que é a principal causa da neurodegeneração. A luteolina também tem sido associada a menores taxas de perda de memória relacionada ao envelhecimento em ratos, e ratos idosos alimentados com uma dieta suplementada com luteolina tiveram uma pontuação melhor em tarefas de aprendizagem e memória. Além de aipo, pimentas e cenouras também são boas fontes de luteolina.
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Óleo de Coco — O principal combustível que seu cérebro precisa para energia é a glicose. No entanto, seu cérebro é capaz de funcionar com mais de um tipo de combustível, sendo um deles as cetonas (corpos cetônicos) ou cetoácidos. As cetonas são o que o seu corpo produz quando converte gordura (ao contrário de glicose) em energia.
Os triglicerídeos de cadeia média (TCM) encontrados no óleo de coco são uma ÓTIMA fonte de corpos cetônicos, porque o óleo de coco é cerca de 66% de TCMs. Triglicerídeos de cadeia média vão diretamente para o fígado, que naturalmente converte o óleo em cetonas.
Seu fígado, então, libera imediatamente as cetonas na corrente sanguínea, onde são transportadas para o cérebro para serem prontamente usadas como combustível. Embora seu cérebro esteja bem feliz em usar só a glicose, há evidências sugerindo que os corpos cetônicos podem realmente ajudar a restaurar e renovar os neurônios e a função nervosa no seu cérebro, mesmo depois que o dano tenha se instalado.
Os níveis terapêuticos de MCTs foram estudados a 20 gramas por dia. Segundo pesquisa da Dra. Mary Newport, pouco mais de duas colheres de sopa de óleo de coco (cerca de 35 ml ou sete colheres de chá) forneceria o equivalente a 20 gramas de TCM, indicado como uma medida preventiva contra doenças neurológicas degenerativas ou como um tratamento para um caso que já está estabelecido.
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Mirtilos — Os antioxidantes e outros fitoquímicos nos mirtilos têm sido associados a melhorias na aprendizagem, pensamento e memória, juntamente com reduções no estresse oxidativo neurodegenerativo. Eles também são relativamente baixos em frutose em comparação com outras frutas, tornando-os uma das frutas mais saudáveis disponíveis.
Os mirtilos silvestres, que possuem um elevado conteúdo de antocianina e antioxidante, são conhecidos por proteger contra a doença de Alzheimer e outras doenças neurológicas.
Foi demonstrado que os mirtilos selvagens reduzem alguns dos efeitos de uma dieta ruim (como a inflamação sistêmica causada pela pressão alta). Em um estudo recente com animais, os mirtilos silvestres reduziram os efeitos pró-inflamatórios de uma dieta ruim, bem como preveniram a pressão alta, o que também seria benéfico para a saúde do cérebro.
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Sua Preferência por Doces Está Matando Seu Cérebro?
À medida que você exagera em açúcares e grãos, seu cérebro fica sobrecarregado com os níveis consistentemente altos de glicose e insulina que diminuem sua sinalização de insulina, levando a prejuízos nas suas habilidades de pensamento e memória, causando dano cerebral permanente.
Além disso, quando seu fígado está ocupado processando frutose (que ele transforma em gordura), isso dificulta seriamente a sua capacidade de produzir colesterol, um bloco de construção essencial do seu cérebro que é crucial para a função cerebral ideal. De fato, evidências crescentes apoiam a noção de que reduzir significativamente o consumo de frutose é um passo muito importante na prevenção da doença de Alzheimer.
Além disso, todos nós criamos algo chamado zonulina no intestino em resposta ao glúten. As proteínas do glúten, encontradas no trigo, cevada e centeio, tornam seu intestino mais permeável, o que permite que proteínas não digeridas e conteúdos intestinais como bactérias que de outra forma teriam sido eliminadas, entrem na corrente sanguínea. Isso, então, sensibiliza o sistema imunológico e promove inflamação e autoimunidade.
Uma vez que o glúten passe a regular a permeabilidade no seu intestino, ele torna-se “permeável” e todos os tipos de proteínas anteriormente excluídas — incluindo caseína e outras proteínas do leite — terão acesso direto à sua corrente sanguínea, passando então a desafiar a função do sistema imunológico, contribuindo para a perda da autotolerância, a própria definição de autoimunidade.
Segundo o Dr. Perlmutter, muitas de nossas doenças atuais, incluindo doenças cerebrais, são causadas pelo fato de que estamos contaminando nosso sistema imunológico com proteínas às quais o sistema imunológico humano nunca antes foi exposto na história da humanidade.
Estratégias de Estilo de Vida para construir um Cérebro Saudável
Seu cérebro não é “programado” para encolher e falhar conforme você envelhece. Na verdade, você pode construir um cérebro maior e melhor fazendo escolhas inteligentes. Estratégias de estilo de vida que promovem a neurogênese e o crescimento das células cerebrais incluem os seguintes.
Todas essas estratégias têm como alvo uma via genética específica chamada BDNF ou fator neurotrófico derivado do cérebro, que promove o crescimento e a conectividade de células cerebrais, conforme demonstrado em exames de ressonância magnética.
- Exercício. A atividade física produz mudanças bioquímicas que fortalecem e renovam não apenas o corpo, mas também o cérebro — especialmente as áreas associadas à memória e à aprendizagem.
- Reduzir o consumo total de calorias, incluindo o jejum intermitente se você tem resistência à insulina.
- Reduzir o consumo de carboidratos, incluindo açúcares e grãos.
- Aumentar o consumo de gordura saudável. Gorduras benéficas para a saúde que seu corpo — e seu cérebro em particular — precisam para ter uma função otimizada incluem manteiga orgânica de leite cru, manteiga clarificada chamada de manteiga crua orgânica vinda de animais alimentados com grama, azeitonas, azeite virgem orgânico e óleo de coco, nozes como a noz-pecã e macadâmia, ovos caipiras, salmão selvagem do Alasca e abacate, por exemplo.
- Aumentar sua ingestão de gordura ômega-3 e reduzir o consumo de gorduras ômega-6 danificadas (pense em óleos vegetais processados) para equilibrar sua relação de ômega-3 para ômega-6. O óleo de krill funciona bem para isso porque (como salmão selvagem do Alasca) também contém astaxantina, que parece ser particularmente benéfica para a saúde do cérebro.