O bálsamo peruano, também conhecido como bálsamo preto, quina, tolu, óleo balsâmico de abeto e óleo balsâmico do Peru, é originário do Peru e obtido a partir de uma substância resinosa extraída de uma árvore chamada Myroxylon balsamum ou Myroxylon pereirae.
Essa árvore cresce em estado selvagem em países como El Salvador e Belize, embora também cresça em outros países da América do Sul e Central, como Panamá, México, Argentina, Colômbia e Guatemala.
A referida árvore também é cultivada em Gana, Serra Leoa, Fiji, Índia e Sri Lanka. A resina oleosa do bálsamo peruano é de cor marrom escura e tem um cheiro característico, que se assemelha a uma mistura de cravo, canela e baunilha. Já óleo essencial que produz tem uma leve cor amarela.
Os usos do bálsamo peruano
O bálsamo peruano era usado medicinalmente pelos astecas e incas durante o auge da civilização maia. Eles usavam o bálsamo para tratar feridas externas e aliviar os sintomas de asma, resfriados e reumatismo.
Os peruanos também usavam o bálsamo para aliviar a febre, bronquite e tosse, enquanto os índios utilizavam o bálsamo peruano para promover uma ação diurética no corpo, impedir o sangramento das feridas e promover a cicatrização, além de expulsar vermes. Atualmente, o bálsamo peruano é:
- Usado como fragrância em produtos cosméticos, como perfumes, shampoos e sabonetes
- Adicionado como aromatizante a balas, pães, bolos, biscoitos, gelatinas e pudins
Quando aplicado topicamente como creme e pomada ou em curativos, o bálsamo peruano ajuda a aliviar:
Alveolite |
Hemorroidas |
Tosse |
Erupções cutâneas |
Dores de dente |
Pele ressecada |
Queimadura de frio |
Queimaduras |
Escaras |
Úlceras nas pernas |
Prurido anal |
Feridas |
Infecções por vermes causadas por oxiúros e tênias |
Sarna e feridas na pele |
Os benefícios do bálsamo peruano
O bálsamo peruano tem propriedades antifúngicas, anti-inflamatórias e antissépticas e está associado aos seguintes benefícios para a saúde:
- Tratamento de condições respiratórias — O bálsamo peruano pode atuar como expectorante, ajudando a aliviar a tosse e limpar os pulmões congestionados.
- Ação inseticida — De acordo com um artigo de junho de 2012 no Journal of Agricultural and Food Chemistry, os componentes do bálsamo peruano e do óleo de ajowan (tomilho indiano) apresentaram uma taxa de eficácia de 100% contra os mosquitos.
- Cicatrização de locais doadores de enxertos de pele — Um artigo de 2003 sobre o gerenciamento de feridas/ostomia destacou que uma pomada composta de óleo de rícino, bálsamo peruano e tripsina auxiliou a cicatrização de feridas, sem causar complicações.
- Tratamento da sarna — Pode aliviar ou ajudar a tratar a sarna, especificamente matando os pequenos ácaros comuns à doença.
- Contenção do crescimento bacteriano — Quando combinado com outros óleos essenciais antibacterianos, como da árvore do chá e eucalipto, o bálsamo peruano pode ajudar a eliminar algumas variedades de bactérias que permanecem no ar.
A composição do bálsamo peruano
Alguns dos componentes do bálsamo peruano incluem:
- Benzoato de benzilo
- Cinamato de benzilo (um derivado do ácido cinâmico, que é moderadamente tóxico)
- Cinamato de cinamilo
- Pequenas quantidades de nerolidol, álcool benzílico e ácidos benzoico e cinâmico
- Traços de vanilina, estireno e cumarina
Como é fabricado o bálsamo peruano
O bálsamo peruano é originário de árvores balsâmicas do Peru, sendo extraído da mesma forma que a borracha nas seringueiras. A partir dessa resina, o óleo é extraído por destilação seca a alto vácuo. Pode combinar bem com os óleos essenciais de pimenta-do-reino, gengibre, ylang ylang, rose otto, lavanda, noz-moscada e patchouli.
O bálsamo peruano é seguro?
Embora o bálsamo peruano tenha vários usos medicinais, ele está associado a um grande problema de alergia. A resina da árvore é uma das substâncias mais alérgicas da natureza, pois contém cinco alérgenos alimentares. Sua ingestão também não é segura, pois pode danificar os rins. Para evitar possíveis efeitos colaterais, aconselho que você consulte um médico antes de usar o bálsamo peruano.
Outras medidas de precaução padrão ao manusear o bálsamo peruano incluem a diluição em um óleo carreador de uso seguro, como óleo de coco, jojoba, amêndoa doce e azeite. Também é altamente recomendável fazer a prova do toque antes de usar o bálsamo peruano. Basta aplicar algumas gotas do óleo essencial em uma pequena porção da pele e aguardar pelo menos 24 horas. Se ocorrer alguma reação, interrompa o uso imediatamente.
Os potenciais efeitos colaterais do bálsamo peruano
O teor alérgeno do bálsamo peruano pode colocar você em risco de:
Vermelhidão, inchaço e dor na pele |
Bolhas |
Inflamação grave dos lábios, boca ou língua |
Rinite com sintomas como coriza e olhos lacrimejantes |
Urticária |
Dermatite alérgica de contato |
Intoxicação de bebês através da amamentação caso a mãe aplique a erva ou o bálsamo peruano nos mamilos |
Surto de eczema nas mãos |