Aumento dos Níveis de Açúcar no Sangue? Considere Comer Estes 9 Superalimentos

alimentos saudáveis com forma de coração

Resumo da matéria -

  • Esses alimentos fornecem nutrientes importantes que geralmente estão em níveis baixos em diabéticos e pré-diabéticos e estão ligados a doenças como acidente vascular cerebral, doenças cardíacas, hipertensão, doenças gastrointestinais e obesidade
  • A diabetes está enraizada na resistência à insulina e no mau funcionamento da sinalização da leptina, causada por níveis de insulina e leptina cronicamente elevados. É por isso que tratar a diabetes tipo 2 com insulina não resolve o problema
  • As recomendações dietéticas para diabéticos incluem uma dieta rica em gorduras saudáveis, moderada em proteínas e baixa em carboidratos líquidos. Nove superalimentos específicos para diabéticos também serão analisados

Por Dr. Mercola

Pesquisas recentes sugerem que um terço dos adultos com peso normal pode ser pré-diabético sem saber disso. As crianças também estão ficando mais gordas e menos saudáveis.

Conforme observado pela BBC News, “O mundo está enfrentando um ‘avanço implacável’ da diabetes que agora afeta quase 1 em cada 11 adultos” em todo o mundo. Estatísticas como estas apontam para dois fatos muito importantes:

  • A genética não pode ser uma causa primária de diabetes
  • Algo que estamos fazendo consistentemente deve estar horrivelmente errado

Neste caso, esse “algo” é uma combinação de opções alimentares verdadeiramente ruins, pouca exposição à luz solar natural e falta de atividade física.

Uma Exposição Otimizada ao Sol é Necessária para a Saúde e Diabetes

Você pode até ter a dieta perfeita, mas se você não conseguiu otimizar sua exposição ao sol e evitar a luz azul de fontes artificiais, não apenas à noite, mas o dia todo, então provavelmente será um desafio para você alcançar um nível de saúde elevado.

Por quê? Há uma explicação muito complexa, mas o resumo é que isso ajuda a otimizar sua função mitocondrial.

Também reveja meu artigo recente sobre o uso de óculos de sol em ambientes fechados para minimizar sua exposição à luz azul de luzes artificiais. Eles só precisam ser usados quando as luzes estão ligadas e você está em um ambiente fechado, mesmo durante o dia. A maioria das pessoas pensa que são apenas para uso noturno, mas isso é incorreto.

Além disso, o estabelecimento de um ritmo circadiano otimizado é importante, então, ficar ao ar livre, idealmente com os pés descalços, pouco depois de acordar e perto do nascer do sol, expondo seus olhos à luz solar natural de três a cinco minutos, é um importante exercício para a saúde.

Se você tem um trabalho noturno, considere mudar seu emprego, pois isso está prejudicando seriamente sua saúde. Além disso, seria ideal obter de uma a três horas de luz solar não filtrada (não através de uma janela ou óculos de sol) todos os dias e expor tanto da sua pele quanto possível.

Compreendendo a Causa da Diabetes Tipo 2

A medicina convencional catalogou a diabetes tipo 2 como um problema relacionado ao nível de açúcar no sangue, em vez de um problema subjacente à sinalização inadequada de insulina e leptina.

A realidade é que o diabetes é uma doença enraizada na resistência à insulina e, talvez, de forma mais importante, a um mau funcionamento da sinalização da leptina, causada por níveis elevados de insulina e leptina cronicamente elevados. É por isso que tratar a diabetes tipo 2 com insulina não resolve o problema.

O que é pior, esse tratamento realmente o exacerba e pode levar ao desenvolvimento de diabetes tipo 1 (insulinodependente) — uma doença autoimune na qual seu sistema imunológico destrói as células produtoras de insulina do seu pâncreas, o que resulta na incapacidade de produzir qualquer insulina significativa.

Se não for tratada, esta doença acabará por causar a morte através de um coma hiperglicêmico. Escolhas de estilo de vida são as melhores estratégias para controlar o nível do açúcar no seu sangue, reduzindo seu risco de diabetes e evitando problemas de saúde secundários desta doença.

Historicamente, o aumento da diabetes foi provocado por um programa de nutrição e de exercícios falho que foi iniciado por um estudo agora refutado feito pela Seven Countries Study.

O estudo, publicado na década de 1950 pelo investigador Dr. Ancel Keys, financiado pela indústria do açúcar, provocou um aumento na quantidade de carboidratos líquidos recomendados na sua dieta e uma redução severa em gorduras saudáveis. Esse desequilíbrio afetou sua resistência celular aos hormônios insulina, leptina e grelina.

Esta resistência celular é o verdadeiro fundamento dos problemas de diabetes — não um nível elevado de açúcar no sangue, que é um sintoma, não a causa.

Os Diabéticos Precisam Evitar Rigorosamente as Dietas com Alto Teor de Carboidratos

A maioria dos alimentos que as pessoas comem atualmente está predispondo seu metabolismo à resistência à insulina, síndrome metabólica e diabetes tipo 2.

A maioria dos americanos está queimando glicose como combustível primário, o que eleva o açúcar no sangue, promove a resistência à insulina e inibe a capacidade do seu corpo de acessar e queimar gordura corporal — daí a conexão entre obesidade e diabetes. A gordura saudável, entretanto, é uma fonte de combustível muito preferível, pois queima muito mais eficientemente do que os carboidratos.

A boa notícia é que a resistência à insulina, síndrome metabólica e diabetes tipo 2 podem ser resolvidas através de nutrição e exercício adequados. Uma das recomendações dietéticas mais importantes é limitar os carboidratos líquidos (carboidratos totais menos fibras) e proteínas, substituindo-os por maiores quantidades de gorduras saudáveis de alta qualidade.

Então, quando estamos falando sobre comer mais gordura, estamos referindo-nos a gorduras naturais, não processadas, que são encontradas em alimentos reais, como sementes, nozes, manteiga, azeitonas, abacate ou óleo de coco. Outra boa opção é o cacau cru — que é uma fonte fenomenal de gorduras saturadas saudáveis e muitos polifenóis benéficos.

Uma das maneiras mais eficientes de treinar seu corpo para usar a gordura como combustível é remover os açúcares e amidos da sua dieta.

A razão pela qual as dietas com baixo teor de carboidratos funcionam tão bem para os diabéticos é que isso os ajuda a mudar desse metabolismo não fibroso baseado em carboidratos que depende de níveis elevados de insulina para levar o açúcar no sangue para as células e começar a usar carboidratos como combustível.

Diabético? Meça seus Carboidratos Líquidos

O número mais importante a ser medido são os dos seus carboidratos líquidos. Isto é calculado subtraindo a quantidade de fibra em gramas do seu total diário de carboidratos em gramas. O número resultante são os seus carboidratos líquidos. Uma maneira fundamental de prevenir a diabetes é manter seus carboidratos líquidos abaixo de 50 gramas por dia.

A única maneira para você saber a quantidade de carboidratos, fibras e carboidratos líquidos totais que você come é manter um diário alimentar. Você não precisa fazer isso para sempre, apenas pelo tempo que levará para seu corpo lembrar-se de como queimar gordura como combustível primário. Isso pode durar de algumas semanas até alguns meses. Uma vez que seu corpo mude, você pode aumentar seus carboidratos líquidos saudáveis ​​com base no seu nível de atividade.

Mas tenha cuidado inicialmente, pois você pode surpreender-se com a rapidez com que o sanduíche, o macarrão, o refrigerante, as bolachas e os bolos somam, às vezes, a mais de 350 gramas por dia. Este alto nível de carboidratos aumenta sua resistência à insulina e mau funcionamento da leptina, aumentando o risco de diabetes.

Com estas orientações básicas em mente, os seguintes são os “superalimentos” para diabéticos que você faria bem em adicionar à sua dieta regularmente.

1. Peixe Gordos Baixos em Mercúrio

Um dos alimentos mais importantes para diabetes são os frutos do mar, uma vez que fornecem a gordura ômega-3 essencial de origem animal ácido docosahexaenóico (DHA) de fontes alimentares.

O DHA é de vital importância, pois é a única gordura que conhecemos que permite ao seu corpo usufruir do efeito fotoelétrico, aquele pelo qual Einstein recebeu o Prêmio Nobel. Ele converte os fótons do sol em corrente elétrica CC (elétrons), que ajudam a alimentar suas mitocôndrias.

Ter níveis otimizados de DHA é uma das intervenções nutricionais mais importantes que você pode optar por fazer. Se você ainda não verificou seu exame de índice de ômega-3 para confirmar que seus níveis estão adequados, eu o encorajo fortemente a fazer isso.

Dito isto, como os níveis de poluição aumentaram, você precisa ser muito exigente sobre quais tipos de frutos do mar você come. A maioria das principais vias navegáveis do mundo está contaminada com mercúrio, metais pesados e produtos químicos como dioxinas, bifenilos policlorados e outros produtos químicos agrícolas.

Se você não for cuidadoso, os efeitos tóxicos dos poluentes no peixe serão maiores do que os benefícios das gorduras ômega-3. Aqui estão alguns fatores importantes a serem considerados:

Opte por peixes gordurosos de água fria, já que nem todos os frutos do mar são uma boa fonte de ômega-3. As boas escolhas incluem o salmão vermelho selvagem do Alasca, sardinhas, anchovas, arenque e ovas de peixe.

Evite peixes criados em viveiros, pois podem ser mais perigosos do que os selvagens em termos de conteúdo tóxico. Por exemplo, os pesquisadores alertam para o fato de que o salmão criado em viveiro pode ser um dos alimentos mais tóxicos do mundo, graças às toxinas encontradas nos alimentos.

Os níveis de gorduras ômega-3 também podem ser reduzidos em até 50% no salmão criado em viveiro, em comparação com o salmão selvagem, devido aos grãos com os quais eles são alimentados.

Para avaliar a exposição a mercúrio de várias fontes de frutos do mar, confira a calculadora de mercúrio online no GotMercury.org. O Environmental Working Group (EWG) também possui uma calculadora de frutos do mar que pode ajudá-lo a identificar peixes com alto teor de ômega-3 e baixos em poluentes.

2. Abacate

O abacate (que é realmente uma fruta, não um legume) é uma ótima fonte de gordura saudável, fibra e cerca de 20 vitaminas e minerais diferentes, incluindo o magnésio.

3. Sementes (girassol, gergelim preto, cominho preto, abóbora e chia)

O magnésio é um nutriente muito importante do qual muitas pessoas estão deficientes. A falta de magnésio pode aumentar seu risco de resistência à insulina, pois desempenha um papel importante no metabolismo de carboidratos e glicose.

Além disso, seu corpo precisa de magnésio para cumprir mais de 300 outros processos biológicos e químicos, então certifique-se de que você esteja recebendo quantidade suficiente dele.

Alguns dos alimentos mais ricos em magnésio são as sementes. Além disso, embora a maioria de nós esteja sobrecarregada com óleos ômega-6 não saudáveis, processados industrialmente, claramente precisamos de um pouco deles, e as sementes não processadas são uma fonte fantástica:

  • Girassol: Um quarto de xícara de sementes de girassol proporciona 128mg de magnésio.
  • Gergelim preto: Uma onça (28 g) de sementes de gergelim contém cerca de 101mg de magnésio.
  • Cominho preto: O cominho preto tem uma longa história de uso medicinal. Repleto de antioxidantes e componentes imunológicos, o cominho preto até mesmo demonstrou ter uma potente atividade anticancerígena. Estudos também demonstraram que o cominho preto pode ajudar a prevenir a diabetes tipo 1 e tipo 2. Em um estudo, o cominho preto (nigella sativa) melhorou a tolerância à glicose tão eficientemente quanto a metformina.
  • Abóbora: Duas colheres de sopa de sementes de abóbora fornecerão 74mg de magnésio (cerca de 25% da ingestão diária recomendada). A manteiga feita das sementes de abóbora pode ser feita em casa; simplesmente misture sementes de abóbora inteiras e cruas em um processador de alimentos até que elas fiquem lisas.
  • Chia: Além do magnésio, as sementes de chia também são uma boa fonte de gorduras saudáveis, fibras e antioxidantes. Apenas 1 onça (28g ) de sementes de chia fornece 10 gramas de fibra. Adicione-as a vitaminas e saladas.

Outros alimentos ricos em magnésio incluem nozes (especialmente amêndoas e castanha de caju) e folhas de legumes verdes (especialmente espinafres cozidos, que fornecem 78 mg de magnésio por copo). Os abacates também contêm magnésio.

4. Fibra e Carboidratos com Resistência Digestiva

Os diabéticos também precisam prestar atenção à sua ingestão de fibra. Pesquisas demonstraram que as pessoas com alta ingestão de fibra dietética não só têm um risco significativamente menor de obesidade e diabetes, mas também um menor risco de doença cardíaca coronária, acidente vascular cerebral, hipertensão e doenças gastrointestinais.

Algo importante a se observar é que uma maior ingestão de fibra demonstrou melhorar a glicemia, leptina e sensibilidade à insulina em indivíduos não diabéticos e diabéticos. As melhores fontes de fibra da sua dieta provêm de alimentos integrais e incluem os seguintes. Concentre-se em obter cerca de 50 gramas de fibra a cada 1.000 calorias consumidas.

Sementes de chia

Bagas

Amêndoas

Couve-flor

Legumes com raízes e tubérculos, como cebolas e batatas doces

Vagem

Ervilhas

Legumes, como brócolis, couve-flor e couves-de-bruxelas

Casca orgânica de sementes de psyllium

Alcachofras

Farinha de linhaça recentemente moída. Nunca use a pré-moída, pois esta está oxidada e danificada

Feijões pretos

Os amidos resistentes à digestão também ajudam a manter um nível estável de açúcar no sangue. Isso refere-se a fibras dietéticas de baixa viscosidade que resistem à digestão no intestino delgado e fermentam lentamente no intestino grosso.

Aqui, os amidos resistentes atuam como prebióticos, alimentando bactérias saudáveis. Uma vez que eles não podem ser digeridos, os amidos resistentes não resultam em picos de açúcar no sangue. De fato, pesquisa sugere que os amidos resistentes ajudam a melhorar a regulação da insulina, reduzindo o risco de resistência à insulina.

Alimentos ricos em amidos resistentes à digestão incluem certos frutos não maduros, especificamente bananas, mamões e mangas, bem como feijão branco, lentilhas, sementes e produtos como amido de batata, amido de tapioca e farinha de arroz integral.

Curiosamente, cozinhar um amido normalmente digerível, como batata ou macarrão e, em seguida, esfriá-lo na geladeira irá alterar a química dos alimentos, transformando-o em um amido de tipo resistente.

5. Nozes

Pesquisa demonstrou que um maior consumo de nozes está associado a um menor peso corporal, o que é útil para manter os níveis de açúcar no sangue normais. As nozes, em particular, são uma escolha saudável para os diabéticos, pois são ricas em fibras e gorduras saudáveis.

Em um estudo recente, os participantes com maior risco de desenvolver diabetes que adicionaram 2 onças (56 g) de nozes à sua dieta diária durante seis meses demonstraram melhorias na função da parede dos vasos sanguíneos (epiteliais) e níveis mais baixos de colesterol de lipoproteínas de baixa densidade (LDL).

As nozes são ótimas como lanches quando você poderia estar tentado a comer batatas fritas ou bolachas. Você pode facilmente criar sua própria mistura de nozes, combinando nozes, sementes de abóbora e pedaços de cacau cru, por exemplo. Elas também são um ótimo complemento de saladas.

6. Espinafre

Além do magnésio, o espinafre também é uma excelente fonte de potássio, cujos níveis baixos foram associados a um risco aumentado de diabetes e complicações por diabetes. O espinafre cozido fornece 839mg de potássio por copo. Para fazer uma comparação, 1 xícara de banana — bem conhecida por ser um alimento rico em potássio — contém 539mg de potássio. Uma maneira de aumentar drasticamente sua ingestão de espinafre é fazer um suco com ele. Você também pode adicioná-lo à salada juntamente com outros legumes mistos.

7. Morangos

A fisetina, uma substância encontrada nos morangos, demonstrou prevenir complicações renais e cerebrais em ratos diabéticos. Estudos feitos com humanos também demonstraram que as pessoas que comem muitas bagas, como morangos e mirtilos, têm um menor risco de diabetes, ataques cardíacos e demência — resultados que se pensa estarem relacionados às antocianinas (uma classe de flavonoides) encontrados em bagas vermelhas, azuis e violetas.

Estudos também ligaram o alto teor de vitamina C nos morangos a um menor risco de diabetes tipo 2. Uma xícara de morangos frescos fornece 160% da sua necessidade diária de vitamina C. Eles são uma adição deliciosa à salada (espinafre, noz e morangos criam uma combinação saborosa). Você também pode colocar morangos frescos ou congelados no liquidificar e acrescentá-lo a suas vitaminas.

8. Gengibre

Pesquisas sugerem que o gengibre pode ajudar a reduzir o açúcar no sangue em jejum em diabéticos. Parte desse efeito relaciona-se com sua capacidade anti-inflamatória. Na verdade, dietas anti-inflamatórias em geral são úteis para a prevenção de diabetes.

O gengibre é frequentemente usado na culinária. Por exemplo, você pode adicionar gengibre fresco e ralado em molhos, marinadas e acompanhamentos. Alternativamente, tome um copo ou dois de chá de gengibre a cada dia. Basta colocar uma fatia de gengibre fresco na água fervente por alguns minutos.

9. Canela

A canela é outro tempero de cozinha comum que atraiu atenção graças a seus benefícios antidiabetes. Além de polvilhá-la em batatas doces ou cenouras, você pode adicioná-la ao chá para dar uma boa pitada de sabor em vez de usar açúcar, que é melhor evitar de qualquer maneira.