Por Dr. Mercola
A rede sem fio 5G, ou de “5ª geração”, é a última geração de tecnologia móvel sendo desenvolvida pela indústria, segundo a qual permitirá o desenvolvimento de serviços de internet e streaming mais rápidos, uma cobertura de sinal de celular mais ampla, e até mesmo a criação das “cidades inteligentes”, com tempos de viagens e uso de energia reduzidos e segurança pública aprimorada, graças à eficiência da rede elétrica inteligente.
O sistema 5G utiliza instalações de “pequenas células”, cada uma com cerca de 100 portas de antena, o que é bem diferente da tecnologia de “4ª geração” (4G) utilizada atualmente, que conta com torres de celular enormes de 30 metros de altura, cada uma com cerca de uma dúzia de portas de antena.
Espera-se que a tecnologia 5G seja de 10 a 100 vezes mais rápida que a 4G e seja capaz de suportar pelo menos 100 bilhões de dispositivos. Além disso, de acordo com o especialista em CEM (campo eletromagnético) e escritor Lloyd Burrell, o 5G se baseia principalmente na largura de banda da onda milimétrica (MMW), a qual vai de 30 GHz a 300 GHz.
O governador de Nova York inseriu silenciosamente o 5g no orçamento estadual
Se você tivesse algum problema com uma empresa de telecomunicações instalando ua unidade 5G do lado de fora da sua casa, trabalho ou da escola dos seus filhos, uma disposição adicionada pelo Governador Andrew M. Cuomo relacionada ao orçamento estadual faria você erguer as sobrancelhas.
Atualmente, nos EUA, cada município tem autoridade para permitir a instalação de antenas de celular em áreas públicas e a indústria precisa negociar taxas e regras de zoneamento em cada jurisdição. A indústria vem pressionando o governo federal e os estaduais em busca de meios mais fáceis de instalar suas tecnologias, mas até então, tais medidas não surtiram efeito.
A disposição regulamentar de Cuomo, no entanto, usurparia a autoridade dos municípios em vez de conceder autoridade para decidir a localização das torres de celular em postes de luz, estádios e nos campi das faculdades ao estado.
As MMWs do 5G penetram na pele humana e podem estimular a resistência aos antibióticos
Embora a indústria de telecomunicações alegue que o 5G é uma necessidade da vida moderna, que nos levará da “idade da pedra” das tecnologias para uma nova realidade de carros que se dirigem sozinhos e máquinas de lavar roupas que encomendam seus próprios sabões em pó, a organização Telecom Power Grab diz que “o 5G não é necessário para a segurança pública”, e acrescenta:
"Não se trata de trazer a banda larga para as comunidades carentes. Também não se trata de aumentar a cobertura dos sinais dos celulares. O objetivo dessa infraestrutura sem fio massiva é permitir que a indústria de telecomunicações bombardeie nossas casas e apartamentos, para conseguir competir com as empresas de internet a cabo.
Apesar de a indústria almejar a instalação de mais infraestrutura sem fio, ela não é necessária para o funcionamento dos serviços públicos e o estado não deve permitir que nenhuma indústria ignore as regras de zoneamento locais ou as revisões discricionárias. Não deve permitir também que o setor privado utilize propriedades públicas ou particulares para os seus próprios ganhos, sem compensar os verdadeiros donos."
Além de contribuír para a poluição visual, as antenas acopladas aos postes de luz, ainda mais aquelas que parecem caixas enormes, podem causar sérios riscos à saúde pública. De acordo com a Telecom Power Grab, apesar das MMWs não terem sido muito utilizadas até hoje, já existem alguns fatos preocupantes sobre elas, como que os dutos de suor da pele humana funcionam como antenas quando entram em contato com as MMWs.
A radiação de radiofrequência está ligada ao câncer e outros problemas de saúde
Em maio de 2011, a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), o ramo de pesquisa em câncer da Organização Mundial da Saúde (OMS), declarou que a radiação por radiofrequência (RF) dos celulares está no grupo 2B, de “possíveis carcinogênicos”, ou seja, “um possível agente causador de câncer”, de acordo com as pesquisas disponíveis até então.
A pesquisa de 25 milhões de dólares conduzida pelo Programa de Toxicologia Nacional, um programa de pesquisas iniciado pelo Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA (HHS) em 1978, hoje sediado pelo Instituto Nacional das Ciências de Saúde Ambiental (NIEHS), conta com dois estudos separados (um em camundongos e o outro em ratos) que revelaram que a exposição ao tipo de radiação emitido pelos celulares 2G e 3G podem causar tumores cardíacos, danos ao DNA e tumores no cérebro, próstata, fígado e pâncreas. Com a chegada do 5G, as preocupações só aumentam.
De acordo com uma pesquisa conduzida pelo Dr. Yael Stein, da Universidade Hebraica de Jerusalém, e seus colegas, simulações computacionais revelaram que as glândulas sudoríparas das pessoas concentram as MMWs na pele humana, causando ondas de calor ou até mesmo dores físicas. Em uma carta de oposição à tecnologia 5G, enviada em 2016 para a Comissão de Comunicações Federal (FCC) dos EUA, Dr. Yael escreveu:
"Se esses dispositivos ocuparem os espaços públicos, eles afetarão todas as pessoas, principalmente os mais frágeis: bebês, grávidas, idosos, doentes e pessoas com eletro-hipersensibilidade.
Se a rede sem fio 5G se espalhar pelo domínio público, é possível que cause mais problemas à saúde, como aqueles causados pelas frequências RF e micro-ondas, incluindo muito mais casos de eletro-hipersensibilidade (EHS), além de muito mais reclamações de dores físicas e uma variedade de distúrbios neurológicos ainda desconhecidos. E será possível demostrar uma relação entre a tecnologia 5G e esses problemas de saúde específicos. As pessoas afetadas poderão pedir com algum tipo de compensação.”
Além disso, Lloyd Burrel reuniu várias pesquisas que mostram que a proliferação do 5G para promover uma internet mais rápida pode se tornar um desastre para a saúde pública. As frequências utilizadas pelo 5G, por exemplo, já foram associadas a:
- Opacidade da córnea em ratos, relacionada ao desenvolvimento de cataratas;
- Variabilidade da frequência cardíaca, um sinal de estresse, em ratos;
- Mudanças na frequência cardíaca (arritmias) em sapos;
- Enfraquecimento do Sistema imunológico de camundongos sadios.
O 5G pode danificar plantas e causar alterações imprevisíveis no meio ambiente
Além do mais, existem vários problemas ambientais a se considerar, principalmente devido ao fato de que as MMWs são absorvidas pelas plantas e pela chuva. Estudos já demostraram que as MMWs podem causar alterações nas proteínas do estresse em plantas, como os brotos de trigo, e que baixos níveis de radiação não ionizante foram associados a distúrbios e problemas de saúde em pássaros e abelhas.
Elas podem até mesmo representar um perigo para o fornecimento de alimentos para a população, já que são absorvidas pelas plantas. "Tanto as pessoas quanto os animais consomem as plantas como alimento. Os efeitos que as MMWs causam sobre as plantas podem torná-las perigosas de serem consumidas”, disse Lloyd Burrell.
“É como se fossem OGMs (organismos geneticamente modificados) fortalecidos. E a água das chuvas que cai sobre as plantas também estará contaminada.” Além disso, muitas pessoas não estão cientes de que a rede sem fio 5G global necessita do posicionamento de satélites no espaço, o que será feito por meio do lançamento de foguetes, aumentando os riscos de poluição, como a liberação de carbono negro na atmosfera, contribuindo para a destruição da camada de ozônio.
Você será exposto ao 5G de forma involuntária
Uma vez instalado na sua vizinhança, você não terá como escapar da exposição ao 5G. A União Global contra a Implantação de Radiação do Espaço (GUARDS), uma coalização internacional contra o Wi-Fi vindo do espaço, escreveu em uma carta aberta para as organizações médicas que “inundar o planeta com radiação de micro-ondas” é uma violação dos direitos humanos, “incluindo a Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, várias seções da Convenção da ONU sobre os Direitos da Criança, direitos humanos internacionais conforme estabelecido pelos artigos 3 e 25 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, e todos os preceitos básicos da ética”.
Os direitos das pessoas com deficiência, segundo várias seções da Convenção da ONU sobre os Direitos da Criança, direitos humanos internacionais conforme estabelecido pelos artigos 3 e 25 da Declaração Universal dos Direitos Humanos e todos os preceitos básicos da ética”.