Você tem alguma doença crônica degenerativa? Se for o caso e alguém já disse que isso "é coisa da sua cabeça", essa pessoa pode estar quase certa... a raiz do problema pode estar na sua boca. Existe um procedimento odontológico muito comum, que praticamente todos os dentistas afirmam ser seguro, apesar do fato de que os cientistas alertam sobre seus perigos há mais de 100 anos.
O tratamento de canal
Os dentes que passaram pelo tratamento de canal estão essencialmente "mortos" e podem tornar-se encubadores silenciosos de bactérias anaeróbicas que, sob certas condições, chegam à corrente sanguínea e causam vários problemas sérios para a saúde, que podem levar até mesmo décadas para se manifestar.
A maioria desses dentes tóxicos parecem saudáveis por anos; seu papel no aparecimento de doenças sistêmicas é muito difícil de rastrear.
Infelizmente, a grande maioria dos dentistas não tem consciência dos graves riscos à saúde aos quais está expondo seus pacientes, riscos que persistem pelo resto de suas vidas. A American Dental Association afirma que o tratamento de canal é comprovadamente seguro, mas NÃO tem dados publicados ou pesquisas reais para comprovar essa afirmação.
Se não fosse um brilhante dentista pioneiro que, há mais de um século, fez a conexão entre os dentes com canal e algumas doenças, essa causa subjacente poderia continuar oculta até os dias de hoje. O nome do dentista é Weston Price, considerado por muitos como o maior dentista de todos os tempos.
Weston A. Price: o maior dentista do mundo
A maioria dos dentistas familiarizados com o trabalho do Dr. Weston Price presta um enorme serviço à saúde pública. Infelizmente, seu trabalho continua a receber descrédito e a ser reprimido por vários médicos e dentistas.
Dr. Price era um dentista e pesquisador que viajou pelo mundo para estudar os dentes, ossos e alimentação de populações nativas que viviam sem as "benesses" da alimentação moderna.
Por volta de 1900, Price vinha tratando infecções persistentes em dentes com canal e suspeitava de que esses dentes permaneciam infeccionados o tempo todo, apesar dos tratamentos. Um dia, ele recomendou a uma mulher, presa a uma cadeira de rodas há seis anos, que extraísse seu dente com canal, embora este parecesse saudável.
Ela concordou, ele fez a extração e implantou o dente sob a pele de um coelho. Surpreendentemente, o coelho desenvolveu a mesma artrite incapacitante que a mulher e morreu de infecção 10 dias depois. A mulher, agora livre do dente tóxico, recuperou-se de sua artrite e voltou a andar sem nem sequer o auxílio de uma bengala.
Assim, Price descobriu que é mecanicamente impossível esterilizar um dente que passou por tratamento de canal.
Depois disso, ele demonstrou que muitas doenças crônicas degenerativas originam-se dos dentes com canal, sendo as mais frequentes doenças cardíacas e circulatórias. Na verdade, ele encontrou 16 agentes bacterianos diferentes causadores dessas condições. Mas também havia fortes correlações entre dentes que passaram por tratamento de canal e doenças nas articulações, cérebro e sistema nervoso.
O que os dentistas não sabem sobre a anatomia dos dentes?
O dentes são feitos das substâncias mais rígidas do corpo. No interior de cada dente se encontra a cavidade pulpar, uma estrutura interna macia e viva que abriga vasos sanguíneos e nervos.
Ao redor da cavidade pulpar está a dentina, composta de células vivas que secretam uma substância mineral rígida. A camada externa e mais dura do dente é o esmalte branco, que envolve a dentina.
As raízes de cada dente descem para o maxilar e são mantidas no lugar pelo ligamento periodontal. Na faculdade de odontologia, os dentistas aprendem que cada dente tem um a quatro canais principais. No entanto, existem canais acessórios que nunca são mencionados. Literalmente quilômetros deles!
Assim como o corpo possui grandes vasos sanguíneos que se ramificam em capilares muito pequenos, cada um dos seus dentes tem um labirinto de túbulos muito pequenos que, se esticados, estenderiam-se por cinco quilômetros.
Weston Price identificou 75 canais acessórios em um único incisivo central (dente da frente). Para uma explicação mais detalhada, confira um artigo de Hal Huggins, DDS, MS, sobre Weston A. Price no Site da Fundação. Organismos microscópicos movem-se regularmente no interior desses túbulos, como esquilos em túneis subterrâneos.
Quando um dentista realiza um tratamento de canal, esvazia o dente e enche a câmara oca com uma substância (chamada guta-percha) que corta a passagem de sangue para o dente, de modo que o fluido já não possa circular por ele. Mas o labirinto de pequenos túbulos continua lá. As bactérias, privadas da sua fonte de alimentação, escondem-se nesses túneis que são incrivelmente inacessíveis para antibióticos e protegidos da ação do seu sistema imunológico.
A raiz de muitos problemas de saúde
Sob a privação de nutrientes e oxigênio, organismos outrora inofensivos tornam-se versões mais virulentas e anaeróbicas, que produzem poderosas toxinas. O que eram bactérias orais comuns, tornam-se patógenos altamente tóxicos protegidos nos túbulos dos dentes mortos, esperando por uma oportunidade de se espalhar pelo corpo.
Não há esterilização eficiente dentro desses túbulos, e cada um deles provou-se colonizado por essas bactérias em casos de tratamento de canal, especialmente na região do ligamento periodontal. Muitas vezes, a infecção estende-se até o maxilar, onde cria cavitações, áreas de tecido necrótico no próprio maxilar.
As cavitações são regiões ósseas não cicatrizadas, geralmente acompanhadas de bolsas de tecido infeccionado e gangrena. Às vezes, elas se formam após a extração de um dente (como o dente do siso), mas também pode ocorrer após um tratamento de canal. De acordo com a Weston Price Foundation, em registros de 5.000 limpezas cirúrgicas por cavitação, apenas duas foram curadas.
E tudo isso ocorreu com poucos ou nenhum sintoma. Isso quer dizer que você pode ter um dente morto com abcesso na boca e nem sabe disso. Essa infecção focal na área imediata ao dente com canal já é ruim, mas os danos não param por aí.
Os tratamentos de canal podem causar doenças cardíacas, renais, ósseas e cerebrais
Enquanto seu sistema imunológico estiver forte, qualquer bactéria que saia do dente infeccionado é capturada e destruída. Porém, caso esse sistema seja enfraquecido por uma doença, acidente ou trauma, ele não será mais capaz de manter a infecção sob controle.
Nesse caso, as bactérias podem migrar para tecidos circundantes e entrar na corrente sanguínea, sendo levadas para vários outros pontos do corpo. O novo local pode ser qualquer órgão, glândula ou tecido.
O Dr. Price conseguiu transferir doenças geradas dessa forma para coelhos, implantando nos animais fragmentos de dentes que passaram por tratamento de canal. Ele descobriu que, implantar em coelhos dentes com canal de pessoas que sofreram ataques cardíacos fez com que os animais também tivessem ataques cardíacos dias depois.
Ele descobriu que podia transferir doenças cardíacas para coelhos 100% das vezes! Outras doenças podia ser transferidas 80% das vezes através do mesmo método. Quase todas as doenças degenerativas crônicas foram associadas a tratamentos de canal, incluindo:
- Doenças cardíacas
- Doenças renais
- Artrite, doenças articulares e reumáticas
- Doenças neurológicas (incluindo ELA e EM)
- Doenças autoimunes (Lúpus e outras)
Também pode haver uma relação com o câncer. O Dr. Robert Jones, pesquisador da relação entre o tratamento de canal e o câncer de mama, descobriu uma correlação considerável entre os dois. Ele afirma ter encontrado as seguintes correlações ao estudar 300 casos de câncer de mama por cinco anos:
- 93% das mulheres com câncer de mama fizeram tratamento de canal
- 7% tinham outra patologia oral
- Os tumores, na maioria dos casos, ocorreram no mesmo lado do corpo no qual foi feito o tratamento de canal ou em que havia a outra patologia oral.
Dr. Jones afirma que as toxinas das bactérias em um dente ou maxilar infeccionado são capazes de inibir as proteínas que suprimem o desenvolvimento de tumores. Um médico alemão relatou resultados semelhantes.
O Dr. Josef Issels relatou que, em seus 40 anos de tratamento de pacientes com câncer em estado "terminal", 97% de seus pacientes haviam se submetido a tratamentos de canal. Se esses médicos estiverem corretos, a cura para o câncer pode ser tão simples quanto arrancar um dente e fortalecer seu sistema imunológico.
Bactérias comuns podem se tornar letais
Como essas bactérias orais mutantes estão associadas a doenças cardíacas ou artrite? A ADA e a AAE alegam ser mito a afirmação de que as bactérias encontradas em volta dos dentes com canal podem causar doenças. Mas ambos baseiam-se na ideia equivocada de que as bactérias nesses dentes doentes são as MESMAS bactérias normais encontradas na boca, o que claramente não é o caso.
Hoje, bactérias podem ser identificadas usando análise de DNA, estejam elas vivas ou mortas.
Em uma continuação do trabalho do Dr. Price, a Fundação de Pesquisa de Elementos Tóxicos (TERF) usou análise de DNA para examinar dentes com tratamento de canal e descobriram contaminação bacteriana em 100% das amostras testadas.
Eles identificaram 42 espécies diferentes de bactérias anaeróbias em 43 amostras de canal. Nas cavitações, foram identificadas 67 bactérias diferentes entre as 85 amostras testadas, com amostras individuais abrigando entre 19 a 53 tipos de bactérias cada. As bactérias encontradas incluíam os seguintes tipos:
- Capnocytophagaochracea
- Fusobacteriumnucleatum
- Gemellamorbillorum
- Leptotrichiabuccalis
- Porphyromonasgingivalis
Seriam bactérias benignas, comumente encontradas na boca? Absolutamente não. Quatro delas podem afetar seu coração, três podem afetar seus nervos, duas podem atacar os rins, duas podem danificar seu cérebro e uma pode infectar suas cavidades sinusais. Em suma, nenhuma delas é benigna! (Caso queira saber o quão nocivas essas bactérias são, leia as notas de rodapé).
Foram encontradas aproximadamente 400% mais bactérias no sangue ao redor de dentes com canal do que no próprio dente, sugerindo que o dente é a incubadora e o ligamento periodontal é o suprimento de alimentos.
O osso ao redor dos dentes com tratamento de canal possui uma contagem de bactérias ainda mais alta, o que não é de se surpreender, já que os ossos são um verdadeiro banquete para bactérias.
Desde quando é uma boa ideia manter algo morto no seu corpo?
Não há nenhum outro procedimento médico que consista em manter algo morto dentro do seu corpo. Quando seu apêndice morre, ele é removido. Em caso de gangrena ou congelamento de um membro, ele deve ser amputado. Se um bebê morre no útero, o corpo inicia um aborto.
Seu sistema imunológico não tolera substâncias mortas. A simples presença de uma delas faz com que ele inicie um ataque, outro motivo pelo qual deve-se evitar tratamentos de canal.
A infecção, seguida pela rejeição autoimune, faz com que mais bactérias acumulem-se ao redor do tecido morto. No caso de um tratamento de canal, as bactérias têm a oportunidade de entrar na corrente sanguínea toda vez que você come.
Por que os dentistas insistem que o tratamento de canal é seguro?
A ADA rejeita as evidências do Dr. Price, alegando que o tratamento de canal é seguro, mas não oferece dados publicados ou pesquisas reais para fundamentar sua alegação. A American Heart Association recomenda o uso de antibióticos antes de muitos procedimentos odontológicos de rotina para evitar endocardite infecciosa (IE) caso você tenha certas condições cardíacas que o predispõem a esse tipo de infecção.
Assim, de certa forma, a ADA reconhece que as bactérias orais podem passar da boca ao coração e causar uma infecção com risco de vida.
Mas, ao mesmo tempo, a indústria nega veementemente qualquer possibilidade de que essas mesmas bactérias, cepas tóxicas conhecidas como patogênicas para os seres humanos, possam se esconder no dente morto e serem liberadas na corrente sanguínea toda vez que você mastiga, prejudicando sua saúde de várias formas diferentes.
E há um abismo muito grande entre essas duas coisas? Existe alguma outra razão para tantos dentistas, bem como a ADA e a AAE, se recusarem a admitir que o tratamento de canal é perigoso? Na verdade, há sim. O tratamento de canal está entre os procedimentos odontológicos mais lucrativos.
O que você precisa saber para evitar um tratamento de canal?
Eu recomendo que você nunca faça um tratamento de canal na vida. Arriscar sua saúde para preservar um dente simplesmente não faz sentido. Infelizmente, muitas pessoas já fizeram esse procedimento.
Se você é uma delas, considere a extração desse dente, mesmo que ele pareça saudável. Lembre-se de que, assim que o seu sistema imunológico for comprometido, seu risco de desenvolver um problema sério de saúde aumenta. E o enfraquecimento do sistema imunológico é muito comum nos dias de hoje.
Caso você extraia o dente, há algumas opções a serem consideradas.
- Prótese parcial — uma prótese removível, geralmente chamada de "parcial". É a opção mais simples e mais barata.
- Ponte — essa é uma solução mais permanente, semelhante a um dente de verdade, mas um pouco mais cara.
- Implante — é um dente artificial permanente, tipicamente de titânio, que é implantado nas gengivas e na mandíbula. Essa opção tem alguns problemas, devido a possíveis reações alérgicas aos metais usados. O zircônio é um material de implante mais recente, que pode gerar menos complicações.
Mas apenas extrair o dente e colocar um substituto no lugar não é o suficiente.
Os dentistas aprendem que devem remover o dente, mas deixar o ligamento periodontal. Mas como você já sabe, esse ligamento pode abrigar bactérias mortais. A maioria dos especialistas que estudou isso recomenda a remoção do ligamento, juntamente com um milímetro da cavidade óssea, para reduzir drasticamente o risco de infecções dos tecidos infecionados que são deixados para trás.
Eu recomendo fortemente consultar um dentista biólogo, pois eles são treinados exclusivamente para fazer essas extrações de maneira adequada e segura, além de serem hábeis em remover obturações de mercúrio, caso necessário. Sua abordagem no atendimento odontológico é muito mais holística e considera os impactos em todo o corpo, não apenas na boca.