Os óleos essenciais diminuem a pressão

Lavanda

Resumo da matéria -

  • Cerca de 30% a 50% dos norte-americanos sofrem de pressão alta e apenas metade a mantém sob controle
  • Quando a pressão não é bem controlada, você corre um alto risco de sofrer uma doença cardíaca, derrame, doença renal e declínio cognitivo. No entanto, os medicamentos para controle da pressão vêm com uma série de efeitos colaterais e problemas para a saúde
  • Certos óleos essenciais, como lavanda, ylang-ylang, manjerona, bergamota e sálvia, ajudam a reduzir a pressão, o estresse e os níveis de cortisol, além de melhorar sua produtividade
  • Outra opção natural para a reduzir a pressão é aumentar a liberação de óxido nítrico nos vasos sanguíneos através de um exercício simples, que promove uma descarga de óxido nítrico, além de melhorar o sistema imunológico e aumentar a massa magra

Por Dr. Mercola

De acordo com os Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) nos Estados Unidos, aproximadamente 30% dos norte-americanos têm pressão alta, ou hipertensão, e apenas metade deles tem a pressão arterial sob controle. No entanto, de acordo com novas diretrizes controversas que foram divulgadas em novembro de 2017, recomendando que a pressão fosse considerada alta a partir de 130/80 em vez de 140/90, quase 50% dos norte-americanos tecnicamente estariam sofrendo de pressão alta.

Quando a pressão não é controlada, isso pode levar a outras condições de saúde, como declínio cognitivo, doença cardíaca, derrame e doença renal. Numa escala global, mais de 1 bilhão de pessoas sofrem de hipertensão, e esse número quase dobrou nas últimas quatro décadas. Quase 13% de todas as mortes no mundo são atribuídas à hipertensão.

O crescente número de pessoas que sofrem de hipertensão não passou despercebido pela indústria farmacêutica. Um número também crescente de medicamentos foi desenvolvido na última década para controle da pressão, o problema é que eles vêm com uma série de efeitos colaterais e problemas para a saúde.

Em vez de se render a esses medicamentos, considere as diversas opções naturais, que incluem cortar os hábitos que desencadeiam a hipertensão e escolher tratamentos alternativos para reduzir a pressão. Um dos tratamentos mais fáceis e cheirosos consiste no uso dos óleos essenciais.

Compreendendo a pressão arterial

Para entender completamente por que suas escolhas aumentam ou diminuem sua pressão, é preciso compreender como ela é medida e afeta seu corpo.

O método tradicional de medição da pressão foi desenvolvido em 1881 e aperfeiçoado em 1905, quando o cirurgião russo Dr. Nikolai Korotkoff descobriu a diferença entre as medidas da pressão sistólica e diastólica. Hoje, os esfigmomanômetros medem a diferença entre o aparecimento e o desaparecimento dos sons nas suas artérias, chamados sons de Korotkoff.

O aparecimento do som é o número sistólico, que representa a pressão mais alta através da qual o sangue é bombeado, enquanto o desaparecimento do som, ou número diastólico, é a menor pressão necessária ao seu coração para empurrar o sangue através das artérias. Em muitos casos, a medição de sua pressão pode não ser precisa, devido à posição do seu corpo, o tamanho do manguito, o nível de atividade e o consumo de cafeína, nicotina ou álcool.

A hipertensão é considerada um "assassino silencioso", pois pode causar poucos ou nenhum sintoma enquanto danificar discretamente seus vasos sanguíneos e órgãos por vários anos, sem o seu conhecimento. A pressão adicional necessária para que seu coração consiga bombear o sangue pelos vasos sanguíneos aumenta o risco de insuficiência cardíaca congestiva. A doença arterial coronariana e o aumento do coração são outras duas doenças cardíacas que podem resultar da hipertensão crônica.

A pressão alta também danifica as células que revestem as artérias, o que pode resultar no estreitamento e na perde de elasticidade das paredes arteriais. Essa alteração aumenta ainda mais a pressão e reduz o fluxo sanguíneo para os órgãos, aumentando o risco de danos aos olhos, rins e cérebro. A redução do fluxo sanguíneo para o cérebro pode levar a ataques isquêmicos transitórios (mini-derrame), acidente vascular cerebral, comprometimento cognitivo ou demência.

O que leva alguém a desenvolver pressão alta?

Não existe um hábito que, sozinho, leve à hipertensão. É uma combinação de várias escolhas reversíveis que pode colocar você em risco. A hipertensão que não tem uma causa aparente, como uma condição médica ou medicamento, é chamada de hipertensão essencial ou primária.

Estima-se que até 95% dos casos de hipertensão sejam de hipertensão essencial. No entanto, só porque uma condição médica ou medicamento não é responsável para a hipertensão, isso não significa que ela não tenha causa. Diversos fatores podem contribuir para essa condição, incluindo, entre outros:

  • Resistência à leptina e insulina, que provoca o aumento da pressão.
  • Excesso de ácido úrico, que está associado ao aumento da pressão. Qualquer tratamento adotado para conter a hipertensão também precisa normalizar seus níveis de ácido úrico.
  • Má-nutrição na infância, que demonstrou aumentar o risco de pressão alta na idade adulta. O consumo excessivo de açúcar também está associado à pressão alta.
  • Exposição ao chumbo, que foi associada a doenças cardiovasculares e hipertensão.
  • Poluição atmosférica e sonora, que afeta a pressão. A poluição do ar desencadeia uma resposta inflamatória, enquanto a poluição sonora tem um efeito adverso no sistema nervoso e hormonal.

Ao usar opções naturais para tratar a hipertensão e qualquer condição médica subjacente, é possível reduzir sua dependência dos medicamentos. As escolhas de vida conhecidas por aumentar a pressão incluem tabagismo e consumo de álcool. A obesidade também contribui.

No entanto, embora muitos acreditem que a pressão arterial aumente com a idade, devido à diminuição da elasticidade arterial que ocorre com o avançar da idade, a verdade é que essa redução na elasticidade costuma estar associada à resistência à insulina, ao aumento da glicose e da inflamação. E essas condições estão associada a uma alimentação rica em carboidratos líquidos e açúcares refinados.

A medicação não é a resposta

É muito provável que, se a sua pressão estiver alta, seu médico prescreva algum medicamento. Embora milhões tenham se deixado fascinar pela facilidade de "tomar um comprimido" para combater a hipertensão, o uso de medicamentos vem com uma série de possíveis efeitos colaterais e alertas. O Comitê Nacional Conjunto de Prevenção, Detecção, Avaliação e Tratamento da Hipertensão, em 2014, enfatizou a importância do controle do peso e do exercício físico regular, mas não acredito que foi longe o suficiente.

Em minha experiência, a hipertensão nos estágios 1 e 2 pode ser tratada com intervenções no estilo de vida, o que torna os medicamentos desnecessários. Se você está tomando remédios para hipertensão, não interrompa o uso deles. Em vez disso, converse com seu médico sobre a possibilidade de adotar algumas mudanças de hábito enquanto monitora sua pressão arterial. Então você e seu médico podem reduzir lentamente os medicamentos, mantendo a pressão arterial sob controle. Os problemas associados aos medicamentos anti-hipertensivos incluem:

Tosse

Diarreia

Constipação

Tontura ou vertigem

Disfunção sexual

Dore de cabeça

Fadiga

Náusea

Vômito

Erupções cutâneas

Perda de peso

Hipocalemia

Disfunção muscular (incluindo disfunção cardíaca)

Oscilações da glicose

Aumento das mamas em homens

Gota

Desidratação

Câncer de pele

Desmaio

Falta de ar

Dor no peito

Redução da função renal

Inchaço do tornozelo

Ruborização

Azia

Hipotensão

Aumento da frequência cardíaca

Boca seca

Sonolência

Pesadelos

Nariz entupido

Depressão

Incapacidade de adormecer

Os óleos essenciais são simples, fáceis e eficazes

O óleo essencial é um óleo altamente concentrado que é extraído de plantas, geralmente por destilação. Alguns óleos são produzidos a partir da planta inteira, enquanto outros utilizam partes específicas, como folhas, casca ou raízes. Esses óleos são usados mundialmente na aromaterapia para reduzir o estresse e melhorar a saúde. Pesquisadores também se interessaram pelo efeito que os óleos essenciais podem ter na redução da pressão, na saúde cardiovascular e na secreção de cortisol.

Em um estudo do European Journal of Preventive Cardiology, cientistas descobriram que a exposição a óleos essenciais por uma hora reduziu o estresse com eficiência, como comprovado pela redução da pressão sanguínea e frequência cardíaca dos participantes. No entanto, após a exposição por períodos mais longos, tanto a frequência cardíaca quanto a pressão arterial foram elevadas.

Em outro estudo semelhante, a inalação de uma mistura de óleos essenciais foi associada à redução da pressão e da secreção do cortisol, que geralmente se eleva durante episódios de estresse. Os pesquisadores usaram uma mistura de óleos essenciais de lavanda, ylang-ylang, flor de laranjeira e manjerona. Existem vários óleos essenciais que afetam a pressão arterial e ajudam a reduzir o estresse. Como esses óleos provocam um efeito no corpo, não deixe o tratamento por inalação passar de uma hora, para reduzir o potencial de qualquer efeito negativo da superexposição.

Bergamota — Esse óleo refrescante costuma ser usado em cosméticos devido ao seu aroma, mas a pesquisa constata que ele também ajuda a reduzir a pressão e pode diminuir a ansiedade e melhorar o humor.

Sálvia — Esse óleo mostrou reduzir as medições sistólica e diastólica, a frequência respiratória e os sintomas de estresse e depressão.

Rosa — O perfume da rosa vermelha tem um efeito calmante no cérebro e demonstrou um efeito ansiolítico e antidepressivo, ambos os quais afetam a pressão arterial.

Olíbano — Desde o Egito antigo, o olíbano é usado medicinalmente para reduzir o estresse e promover a paz de espírito.

Alecrim — Esse óleo retarda o enrijecimento das artérias, que aumenta a pressão sanguínea. Também ajuda a regular o sistema cardiovascular.

Ylang-Ylang — Esse óleo vem de uma pequena árvore, conhecida por seu uso em casos de trauma e choque, para reduzir a respiração e os batimentos cardíacos. É antidepressivo, alivia a ansiedade e ajuda a controlar a pressão arterial.

Erva-cidreira — Baixas dosagens de seu extrato podem reduzir lesões isquêmicas no coração, mas dosagens mais altas aumentaram esse risco em teste com animais. Mais pesquisas são necessárias para determinar o efeito protetor num evento cardíaco. No entanto, a inalação pode proteger contra palpitações e ataques cardíacos, além de reduzir a pressão arterial.

Lavanda — A lavanda pode ser eficaz no tratamento de distúrbios neurológicos, incluindo ansiedade, e atua como um estabilizador do humor e sedativo, os quais têm um efeito positivo na pressão arterial.